sexta-feira, 21 de setembro de 2012

PUC-SP solicita patente de equipamento que extrai veneno de aranhas e escorpiões | PUC-SP - Pós-Graduação Stricto Sensu

PUC-SP solicita patente de equipamento que extrai veneno de aranhas e escorpiões | PUC-SP - Pós-Graduação Stricto Sensu

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Eletro-estimulador para extração de veneno de aranhas e escorpião

Na época em que estudava na PUC-SP, participei do desenvolvimento de um Eletro-estimulador para extração de veneno de aranhas e escorpião. Confira a notícia publicada no site do INCTTOX:


Publicado em PUC em Notícias – Ano 1 Número 16 – 2ª quinzena – março – 2010
Por Thiago Pacheco

Uso do aparelho de eletroestimulação diminui traumas nos animais e permite o aumento da obtenção do fluido para produção do antídoto e para outras pesquisas.
Aranhas e escorpiões podem sofrer com estresse – principalmente aqueles animais utilizados na extração do veneno para pesquisas e criação do soro. O Instituto Butantan, por exemplo, usava um aparelho de eletroestimulação para provocar reações involuntárias nas glândulas que resultam na liberação do fluido. Esse aparelho, porém, sem os necessários ajustes de tensão e corrente, poderia causar traumas nos animais (desde queimaduras até danos à glândula produtora do veneno) e assim reduzia o número de extrações do material.
Mas note: o Instituto Butantã usava esse equipamento. Isso porque uma equipe de alunos do curso de Engenharia Elétrica da PUC-SP desenvolveu, em seu trabalho de conclusão, um aparelho portátil e microcontrolado, capaz de limitar a intensidade de corrente elétrica que atravessará a estrutura do animal, a partir de suas características físicas.
“Neste novo aparelho, as faixas de tensões, tempo de exposição e freqüência com que a estimulação é aplicada nas cobaias são parâmetros ajustáveis, que permitem que a inércia natural, existente nas glândulas produtoras do veneno, seja respeitada”, explica o professor Aparecido Nicolett, que orientou o desenvolvimento do projeto. “Desta forma, o equipamento promove um estímulo elétrico, e não somente um choque brutal que ocasiona lesões aos animais”, completa. Deixar de estressar os animais é importante porque o grau de eficiência em extrair o veneno é de grande importância na fabricação do soro, diz o professor: “Algumas espécies, como a aranha marrom, fornecem pouco veneno durante a extração, devido principalmente à sua pequena massa corpórea (de 1 a 2 cm de corpo). Manter as espécies peçonhentas vivas após a extração, para repetir o procedimento no futuro, torna o processo mais eficaz e diminui a necessidade de se obter novos animais”.

 Alunos promovem último teste do eletroestimulador no Instituto Butantan, na noite de 3 de março de 2010

PORTABILIDADE – Cinco alunos desenvolveram todo o projeto (circuitos, placas e programas de comunicação, entre outros dispositivos), ao longo de 2009, dentro da disciplina de TCC do curso de Engenharia Elétrica: Artur Augusto Martins, Gisele Braga Gonçalves Alves, Rafael Monteiro, Ricardo Souza Figueredo e Sidnei Pereira. Além do orientador Nicolett, o trabalho contou com a colaboração de outros professores: Lourenço Matakas Jr. (atual coordenador de Engenharia Elétrica), Rosana Nunes (coordenadora do curso de Física Médica), Valquíria Abrão Coronado Dorce e Denise Maria Cândido (ambas do Instituto Butantan). A pesquisa foi realizada com auxílio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Segundo Nicolett, o eletroestimulador foi desenvolvido para solucionar as dificuldades que os pesquisadores do Instituto Butantan tinham na extração do veneno dos animais, principalmente porque o antigo equipamento não estava funcionando adequadamente. Mas o novo aparelho também possui outra melhoria em relação ao anterior: é portátil, o que permite sua utilização no habitat dos animais (sem a necessidade de recolher os animais para os laboratórios).
Por isso, o eletroestimulador está inserido no projeto “Butantan na Amazônia”, que teve inicio em 2008 e deve ser concluído em 2011. Trata-se da implantação de uma base avançada na Amazônia, no estado do Pará (“em uma das regiões com maior incidência de acidentes com animais peçonhentos”, diz o professor), para o desenvolvimento de pesquisas em diversas áreas – de forma a aumentar o conhecimento sobre a biodiversidade amazônica, trabalhar conceitos de educação ambiental e saúde, e compartilhar esse conhecimento com as comunidades científicas estabelecidas na região e a comunidade local.

Extração de veneno de escorpião com o equipamento produzido pelos estudantes da PUC-SP: menos trauma, mais antídoto

OUTRAS PESQUISAS – Processado, o fluido se torna antídoto para as picadas dos animais. O material também é utilizado em outros estudos – que buscam descobrir efeitos dos venenos nos agentes de coagulação sanguínea, em testes com a pressão arterial, em indução de hemorragias e de inflamação em tecidos, em danos causados nos tecidos musculares e na transmissão de estímulos elétricos no sistema nervoso. “A Engenharia Genética permite separar as toxinas dos venenos e as reproduz em laboratório para o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos como anticoagulantes, anti-hipertensivos, analgésicos, antitumorais, anti-angiogênicos”, enumera Nicolett.
O docente revela que um outro estimulador será desenvolvido no curso de Engenharia Elétrica, com o objetivo de analisar a toxicidade do veneno do escorpião Tityus paraensis, típico da região amazônica. Ele diz que este projeto deverá contar com um ou dois alunos da graduação.
Para o professor Lourenço Matakas, coordenador do curso de Engenharia Elétrica, projetos como esse são “muito motivantes” porque permitem que alunos e professores saiam de uma situação de simulação da realidade, na sala de aula, e partam para projetos reais – que exigem o trabalho em equipes multidisciplinares e a capacidade de gerenciar conflitos, tempo e orçamento, além de deixarem claros os limites do conhecimento, obrigando a aprender mais.
“Nosso curso é baseado em projetos multidisciplinares, realizados desde o 1ºano, culminando com o projeto de formatura”, explica. “Incentivamos também projetos de iniciação científica e projetos de pesquisa e desenvolvimento, possibilitando assim que o aluno integre o conhecimento das várias disciplinas de um dado período, e dos vários anos”, complementa.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Comunicação serial entre software

O aplicativo com0com é uma ferramenta interessante quando temos que testar, ou realizar uma comunicação serial entre software situados em um mesmo computador. Com esta ferramenta podemos criar portas seriais virtuais interligadas, tornando possível a comunicação.

Baixe o aplicativo:

Versão para Windows 32bits:

Versão para Windows 64bits:

Para conseguir instalar corretamente no Windows Vista, Windows 7 ou Windows Server 2008, você deve desativar o "Controle de Conta de Usuário". Para fazer isto entre em: Painel de Controle\Contas de Usuário e Segurança Familiar\Contas de Usuário e Alterar configurações de Controle de Conta de Usuário, em seguida arraste a barra para "Nunca notificar".

Se o seu Windows é 64bits, você ainda deve ativar o "test signing". Para fazer isto, pressione "(janela)+r" e execute o comando: "bcdedit.exe -set TESTSIGNING ON" sem as aspas.(necessário reiniciar)

Após o termino da instalação, acesse  o "Setup" e atribua o nome desejado para as portas. Eu recomendo atribuir nomes como "COM5" e "COM6", pois desta forma todos os aplicativos que estiver testando serão compatíveis.


Este aplicativo me ajudou muito durante o desenvolvimento do OCRDisplay e do meu TCC.
Agora você pode abrir o hyperterminal, ou outro terminal para comunicação serial (no Windows, eu uso o Realterm) e testar as funcionalidades do OCRDisplay sem precisar de outro computador.